sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Embebida

Quem ver o seu rumo passando passar
passarinho tem

A historia da vida demora
Vira memória e vem

Chegando passando
Jurando, avisando
To sem nenhum tem
Que mostra o minguado
Me diga que a vida é sem ninguém

Fitava querida
Bendita menina
Me diga
Nos braços de um qualquer

Que quando ela deita e rola
Menina me enrola
Sorrisinho tem
Piscada de noite na praça
A graça desdém

Se casa
Não acha a taça de quem
manguaça que tem

Preciso de uma cachaça
Para vê o meu trem

Parada perdida
Semi-mendiga
Sem um amor
Sem braços, mulher





segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Se “foi” ontem ou amanha.

Gravado na memória
Dia santo, festa no botequim
Abre alas pra festa do fogo
Ajude a passar todos todos
Na multidão...

Garrafas pro alto
Anjos que acordam
Tira a camisa do violão
Batuque o som do pandeiro
Atrás de janeiro
Não é março..

Queridas de preto e branco
Pois a mocinha
Da memória
O frio que espanta
O som que balança
Que meu amor vai passar (...)

sábado, 8 de agosto de 2009

Pintas Rosa

Lábia vermelha
Caminha no asfalto
Abre alas pro mestre mago
Mágico fantástico

Pintas Rosa acordou
Estréia da noite
Boneca de vidro quebrou
ioioio

Alegre pitoresco som
As luzes vermelhas
A grande vergonha
A mulher que dançava
Desajuizada de dom

Pintas Rosa pelas ruas
Grande troça
Viveu nua
Pintas as rosas na rua

A platéia aplaudia
A mulher que dançava
Desajuizada de dom

Ah que tardou a raiar
Ah que grande espetáculo, vai dar

Para senhorita.

O escândalo violento trás o desejo da senhora perdida
Assoalhos de escora, que deixam cair a estatua tua
Não mais pura, de impura, pura verdade, não mente
Sair do mais depressa, lugar
Cair na mais tua cidade,
Saudade, fingir escapar
Com o pensamento longe
Mesmo atônito
Com pressa faz banalizar, o qualquer beijo
Com gosto de praia,
Saudade, não faz escapar
Com gosto de frio
Sacode sal,
Do teu pensamento longe
Pois tu es mulher
E ele é homem
E outro é homem também
E tu é mulher.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Visita só

Eita vidinha embaralhada, primeiro diz que sim, depois diz que não
Vida de provérbios açor irados
Basta levantar da cama, isso que faço bem na tardinha, que começa quebrança
De um lado pro outro o vento salta, olhando de cima xinga, levanta a ventania de baixo
Parados todos, de pares, partes de mim,
Olham pros lados, e o resto olha pra o alto
De cima, visto da vista, bem alegre, só fantasia
De baixo, visito e visto
De lado viria ventania, não vem mais, só de baixo
De cima visto, é visto de cima
E de baixo, calado, fala baixo
Xodó.

04/08/09 23:43

Pois bem, as linhas incertas parecem macarrão enrolados no garfo, tenha juízo, meu pobre e doce pixote, quero o bem de todos nessa situação de formigueiro, opiniões alheias eu peço, mas é para tentar sondar o que sente tua cabeça, pois já até consigo controlar o ser impulsivo que há em mim, isso mesmo, até chamo de vitória dos grandes e queridos tempos ruins. Hoje, a noite passou flutuando, o leve êxtase da noite, e céu nublado, acabo por finalizar com a grande partida das horas em larga escala, amanha o dia talvez seja longo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pautado

Escrevo uma carta pra ti senhora, escrevo em língua corrida, armada e desiludida
Faço de mim uma grande aparição do mundo dos apaixonados
Faço o diabo pintar rosas coloridas, para alegrar os passos da senhora
Fujo das lembranças que trago da minha vida
Só pra ter no rosto o sorriso pra te dar
O meu beijo se tornou tão amassado, ressacado
Faço linhas tortas quando escrevo, é que quando penso em ti senhora
Meu pensamento enlouquece, ele vibra
Acontece comigo o que não talvez aconteceu contigo
Por isso até entendo, a não compreensão
Pois mulher dói ter que te ver com outro
Dói notar teu pensamento em outro
Quando parecia ser bom, agora é angustiante
É meu bem, as coisas são tão endoidecidas
Que explodem quando o tempo parece parar
Finalmente a bebedeira passou, o sossego da noite desvairou,
E to cansada de escrever mais.